Habemvs Papam

Uma surpresa mundial!

Enfim, o Sumo Pontífice é eleito! Aquele que é o responsável por fazer a “ponte” entre o Evangelho e o povo foi escolhido dentre 115 cardeais, entre os quais tidos como “favoritos” neste conclave.

Como já se comentava em uma reflexão anterior, muitas análises surgiram por ocasião da renúncia de Bento XVI. Vários especialistas comentaram como se tivessem o total domínio dos fatos. Alguns comentários tendenciosos circularam na tentativa de mostrar algo, como se fosse fato inquestionável suas matérias jornalísticas perante os tortuosos caminhos pelos quais caminha a igreja. Não quero dizer com isso que devemos negar aquilo que está fora dos trilhos da caminhada eclesial, mas que devemos olhar a igreja como um todo e não só nos apegarmos àquilo que pode ser destrutível e condenável.

Em meio a um sistema midiático que se apraz em relatar tudo como numa rede de intrigas, a eleição de Francisco surpreende e demonstra que existem outros caminhos que os que tentam impor os donos de grandes meios de comunicação.

Contrariando todas as expectativas e favoritismos que esses mesmos analistas proclamavam durante esse tempo de “Sede Vacante”, surgiu esta surpresa! O oposto do que falavam os chamados especialistas e “donos da verdade”. Deste novo e pouco lembrado cenário é que desponta um papa não europeu em mais de mil anos – o primeiro latino-americano! -, um papa que pertence a uma Ordem Religiosa, a dos Jesuítas! Mais ainda: que não figurava entre os primeiros da lista dos favoritos na bolsa de apostas.

Foi uma amostra de que, em tempos de reviravolta e agitação, devemos muitas vezes nos recolher, silenciar, e darmos atenção a quem nos fala interiormente, o Espírito Santo. A reflexão e a meditação ajudam-nos a entender situações difíceis e tomar decisões.

O novo Papa apareceu e nos surpreendeu! Ainda que, num primeiro momento, nos sentíssemos surpresos! Em seguida, pudemos saber que Jorge Mário Bergoglio veio nos revelar simplicidade e humildade. Escolheu por nome “Francisco”, aquele que teve como obra “Reconstruir a igreja”. Não a igreja de pedra e cimento, mas a Igreja Povo de Deus. Era um homem simples, que viveu a serviço dos pobres e marginalizados.

O exemplo de São Francisco lembra-nos que é dessa renovação que precisamos. Pelo que demonstrou em sua primeira aparição, Papa Francisco I, ao invés de usar seu poder máximo na hierarquia católica e abençoar o povo que lotava a praça São Pedro, mostrou sua condição humana e de proximidade com o povo pedindo que rezasse por ele, abençoando-o nessa nova caminhada.

Esperamos que ele tenha força para tocar seu rebanho em vista de uma a igreja aberta às pessoas e ao mundo neste tempo em que Francisco começa seu caminho de Pastor da Igreja para o mundo inteiro.

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