Somos afortunados que Deus seja amor

Uma Igreja voltada para o bem não se faz nem se mantém somente pelo que os outros queiram, pensem ou sonhem. Se voltada ao bem, por que não contar com as forças, as ideias e toda forma que se possa contribuir para que isso ocorra? Muitos simplesmente criticam o que os outros fazem, verificam suas falhas, apontam seus supostos erros, mas não se aplicam a absolutamente nada daquilo que dizem desejar ou sonhar. Por que será que isso ocorre?

Será que, enquanto não existir este perfeito e sonhado bem supremo sem qualquer incoerência, os críticos terão motivos para continuar suas condenações e persistirem na inatividade justificada de suas observações pesadas e descompromissadas? Parece que, para alguns tipos de pessoas, fica muito prazeroso simplesmente criticar, denunciar, acentuar erros e supostas incoerências. Desconfortável para eles seria mesmo mergulhar na ação de fazer acontecer o bem que não percebem, consertar os erros cometidos, suplantar enganos e pecados.

Pior ainda é sentir contra si a ira daqueles que reclamam, esbravejam, fazem críticas ácidas e denúncias assustadoras! Fica fácil para esse seguimento ter motivos ou criar tantos quantos forem necessários a fim de eles próprios prosseguirem nos seus erros, manterem seus enganos e justificarem suas próprias maldades ou escondê-las enquanto observam detalhadamente e denunciam o que se possa condenar das outras pessoas.

Haja algum exemplo de crítico a ser seguido, o melhor será aquele do Cristo que se embrenhou na escuridão de nossos enganos, trilhou os nossos descaminhos, sujou-se na lama de nossos pecados e carregou, na sua, a cruz de todos nós. Ele, sim, demonstrou vivamente que havia razões para criticar e até condenar. Jesus tinha o porquê atirar sozinho a primeira pedra sobre a adúltera e prosseguir, sem parar, apedrejando a todos nós. Ao contrário de agir assim, levou nossos pesos, navegou conosco em nossa barca incerta, ouviu o que pronunciou nossas más línguas, saboreou nosso fel e morreu condenado em nosso lugar.

Que os grandes críticos de hoje sigam seu exemplo; somente assim terão a credibilidade suficiente para condenar. Mas quando chegar a hora de condenar, se coerentes como Jesus, mesmo com todas as razões do mundo, um será o motivo suficiente para detê-los em sua ira de morte: o amor que assim vai reinar em seus corações.

O amor tem todas as razões para condenar, exceto uma que supera as demais: ser amor simplesmente!

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